segunda-feira, 3 de abril de 2017

Imperativo

Deixa-me jorrar poesia
em tuas mãos,
em tua boca,
em teu sexo.

Deixa-me te dar
a poesia do meu corpo,
que se compraz
na poesia do teu.

Dá-me teu verso,
teu reverso,
tua inteligência,
teu humor.

Dá-me teu sumo,
tua pele,
tua sede,
tua gula.

Dá-me o que és.
O que sou é teu.
Bebe estes versos
que a ti eu devo. 

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